Monday, May 10, 2010

Tô Sozinho no Twitter!
O dia em que a Terra parou!

Abandonado! Deixado de lado, largado no esquecimento. Angústia misturada a uma sensação de desorientação. Onde estão todos aqueles nomes e rostos que acostumei a encontrar todos os dias no Twitter. O Twitter sucumbiu a algum Bug, desordem, vírus, seja lá o que for. Seja como for hoje, quando retornei do almoço, ele só exibia zeros! Ninguém me seguindo, ninguém lá para eu seguir!


O que mudou efetivamente na minha vida? Nada? Talvez. Mas estava acostumado àquela turma postando informações interessantes e dados fúteis. Estava acostumado à ilusão reconfortante de que eu sabia onde estavam aquelas pessoas, como estavam se sentindo ou o que estavam fazendo. Eu já estava acostumado à ilusão acolhedora de que alguém escutava minhas idéias, lia meus textos e se importava com minhas sensações e sentimentos compartilhados. Tinha desenvolvido até certo orgulho alegre por ser seguido por outros. Pensava vez ou outra de que algo do que disse foi interessante pra alguém, afinal, por uma ou outra razão, estavam me seguindo.

E agora? Será que seguirei motivado a escrever sem saber o que fazer com aquele texto? Será que seguirei me expressando, escrevendo pensamentos que diziam respeito apenas a mim, mas que, de alguma forma, gostava de compartilhar.

Gandhi, certa vez, disse que não queria seguidores. Mas eu não sou Gandhi. Acho interessante a possibilidade de ser seguido e de seguir outros.

E enquanto estou aqui, observo outros twitteiros postando sua surpresa e sua dúvida. O que está acontecendo com o Twitter?!

Me dou conta por um segundo que, se ainda os vejo, ainda os sigo. Ufa! Os números zerados perecem uma ilusão provocada por um mal funcionamento. Eu ainda os sigo e, provavelmente, ainda sou seguido. Mas nada será como antes. Minha confiança iludida acabou. O Twitter não é a imensa sala cheia de amigos. Ele pode sumir, de uma hora pra outra. Não há nada que eu possa fazer. Esses personagens, em parte, se perderão da minha vida. Por fim, segue a vida e a vida virtual não é mais, para mim, menos real do que qualquer outra. Mas pode ser mais efêmera, e, por isso, há que se mantê-la em sua dimensão. Surpreendentemente, sigo aqui. Com ou sem twitter, sigo aqui. Percebo que a pergunta essencial jamais sumiu e jamais mudou, ainda que vez por outra se enfraqueça. Ainda que às vezes silencie por algum tempo. Estou aqui! E agora? O que fazer com isso.

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