Thursday, December 08, 2011

Impressionante!! O Código Secreto do Fim do Mundo e o Ahmadinejad.
Já que entrei no tema, pesquisei um pouco e acabei decifrando o código. Sabe essa onda de juntar palavras e descobrir que os escritos antigos já previam tudo? Tipo: Tudo tava na Torá (Velho Testamento), é só juntar as palavras diferente.
Pois bem, descobri esse negócio de fim do mundo. Como vai acabar? Uma bomba nuclear iraniana. Duvida? Então olha aí:

E o Mundo não vai acabar. Droga! Bem aqui na minha frente tem um grande calendário Maia pendurado na parede. Acho a imagem linda, e é por isso que, há muitos anos, comprei a peça em uma feirinha popular no México. Muitos anos antes de saber que esta linda imagem anunciava o fim do mundo em 2012.
Mas agora, nem isto mais é verdade. Após anos de frenesi sobre a previsão Maia, os últimos estudos apontam que não era o final dos tempos que estava ali anunciado, mas a volta de um Deus. Que decepção!
Temos muitos deuses! Deuses de diferentes caras, tamanhos e religiões. Temos deuses absolutos e deuses responsáveis por áreas específicas. Já temos também muitas religiões que esperam pela chegada de uma divindade para resolver os problemas. Mas nada disso acontece. Nada disso resolve nossos problemas. O fim do mundo, este sim, resolveria de vez com todas nossas angústias.
Enfim, voltamos à estaca zero. Nada de fim do mundo. Nada de soluções divinas por hora. Me resta citar o grande Gil ao cantar "eu também to do lado de Jesus, só que acho que ele se esqueceu, de dizer que na Terra a gente tem, que arranjar um jeitinho pra viver."
E bora trabalhar porque parece que esse mundo não vai mesmo acabar!

A Diplomacia Brasileira e o Pulo do Peixe

É difícil colocar-se no lugar de outro, principalmente sem fazer isto de forma simplista e cega. Com o olhar ofuscado por uma ideologia pouco profunda, projetada sobre uma tela que desconhecemos. Olhamos, mas não vemos. Vemos apenas nossa projeção sobre aquela realidade. Quando estamos fora, desconhecemos. Acho que devemos, sim, emitir, ou ao menos ter, opiniões sobre situações externas à nossa vida, mas com o cuidado extremo de lembrar que nossa opinião é externa. E está, sempre, baseada numa visão parcial que pode ser muito torta.
É esta humildade, em minha humilde e externa opinião, que falta à diplomacia brasileira. Nossa diplomacia ainda informa-se demais através da mídia, e bebe sem medo de informações parciais, como todas são, e distantes. Nosso governo está embebido de uma arrogância perigosa, baseada no bom momento que vive o pais no contexto internacional. Calma lá! Nosso pais ainda tem muito a amadurecer, e nosso Estado está longe de ser exemplo.
Agora, a Síria reclama do Brasil, dizendo que o pais está atrapalhando o encaminhamento para uma democracia. Esta opinião também é parcial, emitida pelos opositores a Assad, mas de qualquer forma, o Brasil precisa ser mais maduro, creio, ao emitir e assumir suas posições. A opinião brasileira sobre os assuntos internacionais agora tem peso. Falta o país exercê-la com a maturidade que finge ter. Por fim, um peixe pode emitir sua opinião sobre o céu, mas na realidade seu conhecimento é baseado apenas em rápidos saltos que ele dá pelo ar. Difícil desafio esse de exercer uma posição. E por isso mesmo é com consciência desta dificuldade que o Brasil precisa estudar os assuntos ao manifestar-se. Por fim, eu, aqui de fora, baseado nos meus pequenos saltos pelo ar, não vejo em nossa diplomacia esta maturidade.

Wednesday, December 07, 2011


Boas e Velhas Mídias

Esse texto foi postado no farelos, Blog da Elos Comunicação, quando eu ainda estava por lá. Foi em julho de 2008. Foi inspirado pela minha querida Cris Naumovs. Ele já nasceu meio antiquado e, portanto, continua atual. rs. Como hoje é aniversário da Cris, resgato ele do fundo do baú sem fundo.

Uma querida amiga recebeu outro dia um e-mail sobre o podcast de outra amiga querida. Ela olhou intrigada e, enfim, exclamou: “Isso é coisa de viado, ou a gente ta ficando velho mesmo?”
Pois é. Boa pergunta. É claro que falar “coisa de viado” não se refere a nenhuma opinião preconceituosa sobre os homosexuais, ao menos, não dela mesmo. Evidentemente é sim uma impregnação cultural bem preconceituosa e antiquada. Na realidade, falar “coisa de viado” não quer dizer que a gente não gosta de viado, e nem que a gente não gosta de “coisa de viado”. Quer dizer só que…que..que a gente é velho mesmo! Porque não se fala mais “coisa de viado”. Aliás, mais da metade dos nossos amigos mais queridos são gays. Apesar deles também serem da nossa geração, a maioria deles não fala “coisa de viado”, porque eles estão normalmente na vanguarda. Eles são descolados, porque já que a cultura clássica, o mainstream social, coloca eles de lado, então eles chutam o caneco e se ligam no que há de mais novo no universo da produção de cultura. Aliás, por isso mesmo a pergunta sobre o podcast. A gente nem descobriu que isto existe e já tem gente fazendo isso. É revoltante pra alguém como nós! Nós que queríamos ser a ponta do que se faz em cultura! Mas a gente não consegue. A gente não consegue porque agora tem esse papo de “novas mídias”. Quando o primeiro jornal começou a publicar fotografias coloridas eles anunciaram até na TV. Pô! Eu lembro disso! Aliás, jornal, TV,…isso eu conheço. Conheço outdoor, que agora nem pode mais!
Aí começou a Internet! Isso ia ser a nova mídia. Internet?! Nem se fala mais internet. Agora cada coisinha que rola na Internet tem um nome. Tem um monte de coisas rolando por lá. Até vida paralela! Aliás a tecnologia é fantástica, mas esse papo de Second Life é esquisito. Eu sei que Second Life poderia estar em negrito, mas eu tenho uma triste notícia: isso não é outra língua. É assim que chama mesmo. Não tem um nome em outra língua. É esquisito, mas pode ser legal. Legal porque a gente pode experimentar viver outras vidas. Esquisito porque tem gente que deixa a vida de lado pra curtir só essa vida virtual. Sei lá…eu acho esquisito, mas talvez seja porque eu tô velho. Acho que se for uma second life, ok. O problema é virar only life…ou lonely life. Na real, ta cheio de coisa esquisita nesse negócio de novas mídias. Tipo TV no elevador. E agora? Acabou aqueles momentos constrangedores de silêncio? Aquela coisa chata de comentar sobre o tempo. Ta sol hoje, né? Nossa como esfriou! Que nada! Agora tem TV no elevador mostrando a previsão do tempo no mundo todo pelos próximos cinco dias! Que coisa chata! A gente mal entra no elevador e já tem de ver a notícia de que jogaram uma menininha pela janela! Caramba! Privacidade agora, só no banheiro! …Por enquanto. Quer dizer, em banheiro de bar já tem novas mídias também, mas em casa ainda não.
Eu acho tudo legal, mas lamento as saudades de coisas que ainda não se foram, mas acho que irão. Tipo ler o jornal no domingo de manhã enquanto o leite sobe na leiteira e deixa aquele cheirinho na cozinha. Tipo perder alguma seção do jornal no meio de todos aqueles cadernos de domingo… Mas, ao mesmo tempo, papel destrói árvores…
O lixo eletrônico, no entanto, é outro problema. O que fazer com milhões de aparelhos de celular que viram lixo todos os anos? Pois é! Ta meio complicado, mas eu não temo pelo mundo não. O mundo não vai acabar por nossa causa. Nós é que vamos acabar, o mundo vai ficar por aí, habitado pelas baratas de filtro solar que vão se bronzear  num mundo mais quente. Por fim, descobri o que é podcast, e isso já valeu o dia. Me senti até mais jovem.

*quem quiser conhecer os podcasts da nossa querida amiga Cris Naumovs, vale a pena. Procura ela aí no google que vc vai achar um monte coisas. Porque é isso que ela faz: um monte de coisas excelentes! (esse comentário faz parte do texto riginal, portanto, nem sei se esse podcast ainda existe. acho que não.)

Monday, December 05, 2011


Ganha-Ganha às Avessas
Ajudar o próximo é maravilhoso e louvável. Mas veja aí o que tenho observado em algumas organizações:
Fulaninho tem sobre seus ombros as cobranças relacionadas ao resultado esperado do seu trabalho. Mas não há uma relação objetiva e pré-definida de recompensa versus resultado gerado. Apenas uma declaração de expectativas quanto às suas metas.
Seu colega, Frufruzinho, ventila estar sobrecarregado. Precisando de ajuda, e o bom samaritano, Fulaninho, imediatamente começa a ajudá-lo.
Ao final do mês as cobranças vem, e a resposta é evidente: Eu não consegui chegar à minha meta porque precisei ajudar o Frufruzinho!
Veja que  maravilhosa arquitetura psíquica. Trocar a pressão de realizar meu trabalho e o medo de não conseguir, pelo papel de bom samaritano e colega fiel. Precisei ajudar o outro por isso não fiz o meu! Sendo assim, tudo o que eu fiz, é mais do que seria feito sem a minha ajuda, portanto fiz bem. O que eu não fiz, não é culpa minha! É o ganha-ganha às avessas.
Não é maravilhoso?
Há que se cuidar das estruturas mentais maquiavélicas que nós mesmos criamos para não ter de lidar com o medo do fracasso. Não é de hoje que a maneira mais conhecida de fazer isto, é assumir o fracasso e criar para ele uma boa desculpa antes mesmo de tentar chegar ao sucesso.

Friday, December 02, 2011


Inovação na Educação - Assunto Antigo
 Nem Só de Velhinhas Atravessando a Rua Vive o Escotismo
Eu fui escoteiro. Escoteiro mesmo, desses de calças curtas e lenço no pescoço. Usei aquele chapéu igual à Policia Montada Canadense e passei centenas de noites da minha vida dormindo em uma barraca.
No Brasil, há muito preconceito quanto ao escotismo.
Quem não conhece a famosa definição? Escoteiros são crianças vestidas de idiotas, chefiadas por idiotas vestidos de criança.
Escutei-a milhares de vezes, achando graça da criatividade que a criou, e sem me ofender por sentir que ela está extremamente distanto da realidade do escotismo. Realidade que conheci bem, com mais de 15 anos ativo neste universo. Das grandes aprendizagens de minha vida, que uso a cada dia, pessoal ou profissionalmente, tirei mais delas do escotismo do que de qualquer outro lugar.
O escotismo jamais me fez sentir-me idiota, pelo contrário.
No meu unido grupo de amigos, figuram até hoje, aqueles que ao meu lado brincaram nesta maravilhosa forma de aprender e crescer. 
Entre aqueles que usavam a roupa de idiota ao meu lado, hoje estão diretores de banco, acadêmicos, professores, executivos, empresários, artistas… Todos profissionais e pessoas maduras, bem sucedidas. Pessoas que aos doze ou treze anos já aprendiam, por necessidade, a fazer reuniões, viver em grupo, debater e tomar decisões. Aprendiam a fazer fogo e usar facas, e assim também a ter responsabilidade. Pessoas que aprenderam a trabalhar pela sociedade, a pensar nos outros, e a viver em harmonia com a natureza muitas décadas antes de falar-se em sustentabilidade.
Vivemos em um país onde abundam recursos que o escotismo aprendeu a usar como ferramentas de educação, e ainda assim, o escotismo está marginalizado, abraçado por uma parcela muito pequena da população. Participo de muitos grupos e discussões sobre inovação na educação. Grande parte do que se fala está no escotismo, e está lá, sendo conscientemente trabalhado e discutido há mais de 40 anos.
Há uma diversidade muito grande de grupos escoteiros, muito diferentes entre si. Há que se aprender e desenvolver para que os piores melhorem e os melhores ensinem, mas o escotismo pode ser uma força motriz da mudança de uma sociedade, e, certamente, do crescimento de uma pessoa. Há que se acabar com a visão distorcida, incentivar e participar.