Thursday, July 15, 2010

Eu quero ser gay!


Sem mergulhar demais em como é ridícula nossa sociedade, ou pelo menos seu modelo mais clássico, acabei vendo o tema vir à minha mente frente à leve e feliz decisão da Argentina em aceitar os casamentos homosexuais.

Pra mim este negócios de definir homosexual ou heterosexual já representa uma fragmentação meio estranha. Acho que o que faz sentido é a atração e o amor. Se alguém está atraído por um homem, seja ele homem ou mulher, ok. Viva sua sensação e curta isto. Tem mulheres que se sentem atraídas por loiros, outras por morenos, outras por mulheres. Tem gente que curte muitas experiências e gente que curte monotonia. Tem gente que gosta de transar de luz acesa e gente que prefere o escuro.
Um dos maiores problemas da nossa sociedade, pra mim, é a mania que temos de achar que devemos determinar o que é bom e o que é ruim, e o que é certo ou errado. Quem medo é esse? Deixa rolar!

Esse parâmetro de certo e errado, muito forte na sociedade ocidental, pelo menos, ou principalemnte, do início do século XX até os anos 90, tornou as instituições sociais verdadeiras prisões. A espontaneidade foi assassinada e as pessoas se fragmentaram em vidas paralelas. Algumas reais outras imaginárias, ou algumas virtuais.

Por fim, a fragmentação era tanto que a palavra para definir os homosexuais, de gíria virou conceito, e no mundo inteiro virou “gay”. Gay, na real, quer dizer alegre! A espontaneidade foi tão violada que ser alegre virou sinônimo de assumir um papel marginalizado e considerado errado. Pois é assim que a sociedade clássica via, e ainda vê, os homosexuais. Essa alegria evidente, o corpo solto e a risada foram todos colocados no mesmo saco! Que sociedade ridícula! Chega, né?

Bom, eu gosto de ser alegre. Eu quero ser gay! Ao marginalizar os gays estamos marginalizando também o nosso direito à alegria e à espontaneidade...e se eu gosto de transar com mulheres, homens ou qualquer outra coisa, bom, isto só diz respeito a mim e àqueles com quem eu quiser dividir.

2 comments:

clarice, claralice, clara alice. said...

o que me deixa mais estupefata em todo esse preconceito que reverbera exageradamente na sociedade, é a hipocrisia. sempre tem alguém escondendo alguma coisa, por medo do julgamento alheio. tento viver ainda com a espontaneidade, e nesse caso, o meu sonho é ser gay. e eu sou fã do seu blog, meu amigo.

Marcio Svartman said...

Obrigado! Que gostoso saber disso.