Bundinha de Nenê
Agora a briga é séria. Apesar de conter uma mensagem desastrosa em termos de relacionamento entre pais e filhos, o humor evidente faz a peça valer a pena.
Monday, May 31, 2010
Wednesday, May 26, 2010
A Centopéia caminhava sossegada.
Um Sapo, por pura brincadeira, perguntou-lhe:
Como coordena as pernas? Qual vai à frente de qual em cada momento?
Angustiada procurando saber a resposta correta,
a centopéia sentou-se no fundo de uma vala
e não pode mais caminhar.
(do livro "Let Life Flow - Ramesh Balsekar)
Um Sapo, por pura brincadeira, perguntou-lhe:
Como coordena as pernas? Qual vai à frente de qual em cada momento?
Angustiada procurando saber a resposta correta,
a centopéia sentou-se no fundo de uma vala
e não pode mais caminhar.
(do livro "Let Life Flow - Ramesh Balsekar)
Tuesday, May 25, 2010
Um Mergulho na Essência do Marketing
Hoje recebi um misterioso envelope. Um destes envelopes com plástico-bolha por dentro. Olhei o remetente: PADI – Professional Association of Diving Instructors. Dentro, um diploma dizia: Congratulations for you 10 years as a Pro Diver. Parabéns pelos seus dez anos como mergulhador profissional.
O diploma era uma bobagem, que eu mesmo poderia ter impresso na minha impressora. Me perguntei: Vale a pena mandar um envelope desde os EUA com um diploma desses? Minha resposta: Sim!
Quando comecei a mergulhar, 25 anos atrás, o Brasil tinha algo mais do que uma centena de mergulhadores. Hoje são dezenas de milhares. Todos filados a uma organização internacional, o que nos transforma em um número entre centenas de milhares. Tudo no muno globalizado e conectado é grande. Somos muito pequenos perante esta imensidão.
Hoje, quando recebi o feio diploma, me senti muito bem. Fiquei feliz por constatar eu este pequeno número que me tornei entre tantos, não se perdeu. Mesmo sabendo que algum sistema de computador deve ter gerado isto praticamente sozinho. Mesmo que seja apenas um sistema, eu estou lá na minha especificidade. Meus 25 anos embaixo d´água não se perderam e meus dez anos como profissional também não. Fiquei orgulhoso e feliz. Coloquei o tosco papel impresso na prateleira atrás da minha mesa e enchi o peito para exibi-lo. Se há algum tempo pensei em abandonar PADI, hoje esta decisão é mais difícil.
O mais importante: Como marketeiro lembrei de algo que também serviu para me acalentar a alma. Marketing ainda é sobre pessoas. Tocá-las. E para isto, basta uma pequena ação, no momento certo, no local certo, e seu efeito pode ser imenso. O mundo tá tão grande que todos precisam ajuda par manter sua individualidade. Num mundo tão grande, o pequeno pode ser gigante.
Conheça a PADI
Hoje recebi um misterioso envelope. Um destes envelopes com plástico-bolha por dentro. Olhei o remetente: PADI – Professional Association of Diving Instructors. Dentro, um diploma dizia: Congratulations for you 10 years as a Pro Diver. Parabéns pelos seus dez anos como mergulhador profissional.
O diploma era uma bobagem, que eu mesmo poderia ter impresso na minha impressora. Me perguntei: Vale a pena mandar um envelope desde os EUA com um diploma desses? Minha resposta: Sim!
Quando comecei a mergulhar, 25 anos atrás, o Brasil tinha algo mais do que uma centena de mergulhadores. Hoje são dezenas de milhares. Todos filados a uma organização internacional, o que nos transforma em um número entre centenas de milhares. Tudo no muno globalizado e conectado é grande. Somos muito pequenos perante esta imensidão.
Hoje, quando recebi o feio diploma, me senti muito bem. Fiquei feliz por constatar eu este pequeno número que me tornei entre tantos, não se perdeu. Mesmo sabendo que algum sistema de computador deve ter gerado isto praticamente sozinho. Mesmo que seja apenas um sistema, eu estou lá na minha especificidade. Meus 25 anos embaixo d´água não se perderam e meus dez anos como profissional também não. Fiquei orgulhoso e feliz. Coloquei o tosco papel impresso na prateleira atrás da minha mesa e enchi o peito para exibi-lo. Se há algum tempo pensei em abandonar PADI, hoje esta decisão é mais difícil.
O mais importante: Como marketeiro lembrei de algo que também serviu para me acalentar a alma. Marketing ainda é sobre pessoas. Tocá-las. E para isto, basta uma pequena ação, no momento certo, no local certo, e seu efeito pode ser imenso. O mundo tá tão grande que todos precisam ajuda par manter sua individualidade. Num mundo tão grande, o pequeno pode ser gigante.
Conheça a PADI
Não se deve acomodar na tristeza, nem desejá-la. Mas fugir dela nos faz menos do que somos. Pois somos também a tristeza. Ela deve ser vivida quando estiver, ainda que não cultivada. E no momento que assim for, ela dará espaço ao que há de vir. Que por destino e fluxo natural da vida, por vezes, é até alegria.
Tem Dois Neguinhos, Um Morava na Jamaica, E o Outro No Brasil
One Love!
One Heart!
Let's get together and feel all right.
Esta acontecendo uma quase Guerra civil na Jamaica. A situação, embora nos pareça distante, diz respeito a todos nós, e ao Brasil, no mínimo, como um sério alerta. Quando uma estrutura pública é comprometida com os ganhos individuais e não constrói uma nação, este é um risco constante. Um país com políticos enriquecidos vergonhosamente, injustiça crescente, insatisfação constante e políticas públicas mal planejadas que se perdem na corrupção, devolve prejuizos a todos Mas esta situação não se sustenta no longo prazo. Ela é frágil e inaceitável. Um Estado que não trabalha efetivamente pela população, numa relação de amor e idealismo, está sujeito a episódios perigosos e vergonhosos como este.
O Brasil está tão mergulhado nesta dicotomia quanto a Jamaica. O Rio, palco da maior e mais conhecida festa popular do mundo e cenário de algumas das mais belas músicas que gingam com seu ritmo, é também o berço do PCC. O berço de um Estado pouco comprometido, com intenções duvidosas e uma gestão, no mínimo, levemente dividida com a criminalidade.
Na Jamaica, a dicotomia ruiu em seu equilíbrio delicado, como já ruiu no Brasil tantas vezes. São Paulo e Rio foram palco de dias terríveis, onde a inversão do poder deu ao crime a gestão da ordem, ou da desordem. O Estado teve sua fraqueza cuspida em sua cara. As lojas foram fechadas e a cidade entrou e pânico, por não confiar no Governo.
Um traficante, ameaçado de extradição para os EUA, conclamou sua organização da enfrentar o Estado na Jamaica. E o Governo jamaicano está tendo muita dificuldade em reestabelecer a ordem. A situação é terrível, e a população paga.
Brasil e Jamaica têm muitas semelhanças. Quando estive lá, em boa parte me senti em casa. Nós, porém, vivemos um compromisso mais maduro, pois o Brasil está galgando posições importantes no contexto internacional, está clamando uma economia sólida e uma democracia madura. Não é só fazer pose na TV. Tem de governar direito e com compromisso interno!
O Estado do Brasil, nosso Governantes, precisam acordar!!! Sentem-se sobre o trono da roubalheira e da gestão mal feita e má intencionada, e um dia verão a navalha da criminalidade em seu próprio pescoço. E assim como acontece hoje na Jamaica, parte da população, cansada e desiludida, gritará para que cortem-lhe a cabeça e acabem com o pesadelo, como fez a rainha vermelha de Alice! Mas, caros governantes, isto aqui não é um sonho, nem um conto de fadas. Isto aqui é um país, cheio de riquezas, mas que precisa ser gerido com muita responsabilidade e a consciência de que os políticos e o povo não são duas entidades separadas. Somo um só. Todos no mesmo barco, e demos a vocês o leme. Tratem isto com responsabilidade e não o percam!
Jamaica - Estadao
Jamaica vive calamidade, e é um alerta para o Brasil
One Love!
One Heart!
Let's get together and feel all right.
O Brasil está tão mergulhado nesta dicotomia quanto a Jamaica. O Rio, palco da maior e mais conhecida festa popular do mundo e cenário de algumas das mais belas músicas que gingam com seu ritmo, é também o berço do PCC. O berço de um Estado pouco comprometido, com intenções duvidosas e uma gestão, no mínimo, levemente dividida com a criminalidade.
Na Jamaica, a dicotomia ruiu em seu equilíbrio delicado, como já ruiu no Brasil tantas vezes. São Paulo e Rio foram palco de dias terríveis, onde a inversão do poder deu ao crime a gestão da ordem, ou da desordem. O Estado teve sua fraqueza cuspida em sua cara. As lojas foram fechadas e a cidade entrou e pânico, por não confiar no Governo.
Um traficante, ameaçado de extradição para os EUA, conclamou sua organização da enfrentar o Estado na Jamaica. E o Governo jamaicano está tendo muita dificuldade em reestabelecer a ordem. A situação é terrível, e a população paga.
Brasil e Jamaica têm muitas semelhanças. Quando estive lá, em boa parte me senti em casa. Nós, porém, vivemos um compromisso mais maduro, pois o Brasil está galgando posições importantes no contexto internacional, está clamando uma economia sólida e uma democracia madura. Não é só fazer pose na TV. Tem de governar direito e com compromisso interno!
O Estado do Brasil, nosso Governantes, precisam acordar!!! Sentem-se sobre o trono da roubalheira e da gestão mal feita e má intencionada, e um dia verão a navalha da criminalidade em seu próprio pescoço. E assim como acontece hoje na Jamaica, parte da população, cansada e desiludida, gritará para que cortem-lhe a cabeça e acabem com o pesadelo, como fez a rainha vermelha de Alice! Mas, caros governantes, isto aqui não é um sonho, nem um conto de fadas. Isto aqui é um país, cheio de riquezas, mas que precisa ser gerido com muita responsabilidade e a consciência de que os políticos e o povo não são duas entidades separadas. Somo um só. Todos no mesmo barco, e demos a vocês o leme. Tratem isto com responsabilidade e não o percam!
Jamaica - Estadao
Monday, May 24, 2010
Uma Consultoria Ancorada no Fluxo
Num bate papo sobre nosso trabalho de consultoria resolvi expressar um olhar.
Achar que é uma estrutura e um conjunto de conteúdos que definem um trabalho bem preparado é uma herança da educação cartesiana e positivista. Eu discordo disso.
Eu acredito no fluxo. Um grupo, quando reunido, gera uma dinâmica absolutamente única, disponibilizando informações importantíssimas sobre a sua dinâmica e sua configuração como equipe, como organização e como indivíduos inseridos no coletivo. O grupo em seu espaço transubjetivo disponibiliza toda a cultura de uma organização, com todas suas potencialidades e seus principais entraves. Tudo está lá, assim como todo o céu está dentro de nossa pupila quando olhamos para cima. Acessar este conteúdo e conseguir traduzi-lo, demanda bastante preparação, formação e sensibilidade. Há um sério e grande trabalho prévio a ser feito, mas este trabalho diz mais respeito à preparação do indivíduo que conduzirá este trabalho, do que à estrutura do trabalho em si. A ilusão de que todo trabalho pode ser reproduzido igualmente, traçando-se os personagens, mas mantendo-se a metodologia, é mais uma determinação positivista que enfraquece o potencial de trabalho das empresas.
Para preparar uma intervenção há muito trabalho, mas dedico a maior parte dele a um olhar para mim mesmo. Para minha preparação para implementá-lo, minha serenidade para conduzi-los adequadamente, no meu alinhamento com os demais consultores e, principalmente, numa preparação interna profunda para oferecer a melhor qualidade de presença que eu puder.
Todos os modelos, metodologias de gestão e apresentações teóricas devem acompanhar o processo de transformação, mas não são, e jamais serão, a essência de um verdadeira trabalho de transformação.
(A SatyaWork é uma consultoria de gestão e inovação baseada na condução de processos de intervenção junto aos profissionais das organizações www.satyawork.com.br)
Num bate papo sobre nosso trabalho de consultoria resolvi expressar um olhar.
Achar que é uma estrutura e um conjunto de conteúdos que definem um trabalho bem preparado é uma herança da educação cartesiana e positivista. Eu discordo disso.
Eu acredito no fluxo. Um grupo, quando reunido, gera uma dinâmica absolutamente única, disponibilizando informações importantíssimas sobre a sua dinâmica e sua configuração como equipe, como organização e como indivíduos inseridos no coletivo. O grupo em seu espaço transubjetivo disponibiliza toda a cultura de uma organização, com todas suas potencialidades e seus principais entraves. Tudo está lá, assim como todo o céu está dentro de nossa pupila quando olhamos para cima. Acessar este conteúdo e conseguir traduzi-lo, demanda bastante preparação, formação e sensibilidade. Há um sério e grande trabalho prévio a ser feito, mas este trabalho diz mais respeito à preparação do indivíduo que conduzirá este trabalho, do que à estrutura do trabalho em si. A ilusão de que todo trabalho pode ser reproduzido igualmente, traçando-se os personagens, mas mantendo-se a metodologia, é mais uma determinação positivista que enfraquece o potencial de trabalho das empresas.
Para preparar uma intervenção há muito trabalho, mas dedico a maior parte dele a um olhar para mim mesmo. Para minha preparação para implementá-lo, minha serenidade para conduzi-los adequadamente, no meu alinhamento com os demais consultores e, principalmente, numa preparação interna profunda para oferecer a melhor qualidade de presença que eu puder.
Todos os modelos, metodologias de gestão e apresentações teóricas devem acompanhar o processo de transformação, mas não são, e jamais serão, a essência de um verdadeira trabalho de transformação.
(A SatyaWork é uma consultoria de gestão e inovação baseada na condução de processos de intervenção junto aos profissionais das organizações www.satyawork.com.br)
Friday, May 21, 2010
Roda Roda...Roda Baleiro, Atenção!
Se você é um comunicólogo e não conhece isso aqui. Tem que conhecer.
Este jingle marcou época e está na cabeça de qualquer ser humano normal que tenha nascido nos anos setenta. Ele é da época em que a comunicação era, sim, bem mais ingênua. E funcionava, porque o mercado e os jovens também eram. Aliás, éramos.
Aí vai um dos mais "sticky" jingles da história da publicidade brasileira.
E aí vai o anúncio mesmo:
Se você é um comunicólogo e não conhece isso aqui. Tem que conhecer.
Este jingle marcou época e está na cabeça de qualquer ser humano normal que tenha nascido nos anos setenta. Ele é da época em que a comunicação era, sim, bem mais ingênua. E funcionava, porque o mercado e os jovens também eram. Aliás, éramos.
Aí vai um dos mais "sticky" jingles da história da publicidade brasileira.
E aí vai o anúncio mesmo:
Thursday, May 20, 2010
Seus Sentimentos Não São Só Sensações
No final de 2009 fiz uma palestra na Expo CIEE.
Falamos de vários assuntos, compartilhando com um deliciosos público de 250 jovens ansiosos por entrarem em um mercado de trabalho em transformação. Transformação foi, aliás, o tema de que mais falamos. Hoje recebi um e-mail de um deles, perguntando se tinha algum material e lembrei que tem uns trechos na WEB. Aí vai um que fala de uma tema que considero um dos mais relevantes na mudança que o mundo precisa viver, e está vivendo.
No final de 2009 fiz uma palestra na Expo CIEE.
Falamos de vários assuntos, compartilhando com um deliciosos público de 250 jovens ansiosos por entrarem em um mercado de trabalho em transformação. Transformação foi, aliás, o tema de que mais falamos. Hoje recebi um e-mail de um deles, perguntando se tinha algum material e lembrei que tem uns trechos na WEB. Aí vai um que fala de uma tema que considero um dos mais relevantes na mudança que o mundo precisa viver, e está vivendo.
Wednesday, May 19, 2010
Tuesday, May 18, 2010
Uma liderança para o futuro?
A morte da certeza
Escrevi este artigo em 2007, mas ele só foi publicado em 2009 pela HSM.
Tenho mergulhado fundo, pra variar, na transformação das lideranças, ou, ao menos, na transformação das demandas sobre as lideranças. Lembrei deste artigo que considero ainda muito atual. Aí vai uma versão resumida:
Como definir o que deve ser uma liderança para o futuro?
Qualquer concepção sobre “como é” o mundo está se transformando. Tudo aquilo que consideramos certo ou errado está sendo revisto. A própria idéia de certo e errado deixa de fazer sentido. Não há mais algo que possa ser claramente definido como certo ou como errado. Não temos a capacidade de absorver a realidade em toda a sua complexidade e a definição de certo e errado não é fruto de uma percepção mais completa e ampla, mas sim, fruto de uma percepção limitada.
Se não há certo e errado, qual é então o caminho correto?
Se o líder é aquele que lidera, e lidera em direção a algo, pelo menos assim dita o entendimento mais comum sobre a liderança; para onde a liderança deve liderar se o caminho correto não pode ser definido?
Qual é a relação entre um líder e o futuro que se constrói? Ele constrói o futuro ou é construído por ele?
A maioria das visões sobre liderança indica que o líder deve ter uma visão de futuro, uma proposta. Será que o líder para um momento de transformação não é aquele que tem, acima de tudo, sua sensibilidade pronta para captar estas informações sutis? Ou talvez o líder seja aquele que tem a condição de conter a angústia humana, exacerbada pelo fato de vermos o futuro como uma incerteza que temos de aceitar.
Para nós, habitantes do mundo, o futuro gera ansiedade. Uma esperança misturada com angústia devido a um futuro desconhecido para o qual, muitas vezes, não sabemos como nos preparar. Será que o futuro nos surpreenderá em um estado de absoluto despreparo para ele?
Vejo que este estado latente no psiquismo de nossa sociedade dá espaço para muitos enganos. Falsos líderes, líderes que não nos guiam para o futuro, mas sim para um estado ilusório de certezas. São líderes porque têm seus muitos seguidores, mas não são líderes para o futuro. Não são líderes que nos possam guiar na transformação profunda que vivemos em tantos níveis. Líderes que permitam ser colocados em incerteza e dúvida, que lidem com suas fragilidades e nos ajudem a perceber as nossas, que são tantas. Não são líderes que estejam dispostos ao sacrifício de liderar e construir caminhos novos para lugares desconhecidos, onde o futuro realmente está se construindo.
Este ditos líderes, lideram para um caminho de ilusão. Baseados no afagar das angustias e na promessa de um caminho seguro. Um caminho que permita que as ansiedades se acalmem pela direção certeira que apontam e pela absoluta convicção nas verdades que indicam. Certeza que é para eles, às vezes uma mentira consciente, às vezes uma ilusão da qual são vítimas. Talvez sejam líderes do efêmero.
Não creio que oferecer certezas ajude-nos a nos preparar para o mundo. Acho que certezas, cada vez mais, nos tornam despreparados para atuar na construção do futuro que está se mostrando.
Quero louvar e assistir o surgimento dos novos líderes. Os líderes que entendem a unicidade do universo, nossa profunda interligação, nossa necessidade de aprender a lidar com as incertezas e que nos ajudem a nos conectar com o mundo natural do qual somos uma pequena parte. Uma parte frágil e assustada, talvez por nossa percepção sobre o quanto deixamos adormecer nossa conexão com este mundo. Estes líderes são muitos; são muitos de nós. Não é uma época de líderes únicos, é uma época de redes, de conexões, de líderes trabalhando juntos, liderando e sendo liderados pelos muitos caminhos possíveis para uma realidade mais profunda. Líderes que tenham sua maior força na percepção de que não são absolutos, não são soberanos, não são onipotentes. Líderes que mergulhem na profunda consciência de suas limitações, nadem no campo das emoções que nos conectam. Emoções que são muitas, ambivalentes, confusas e sinceras. E que devem ser o navegador para liderar.
E então, seus líderes são líderes para o futuro?
A morte da certeza
Escrevi este artigo em 2007, mas ele só foi publicado em 2009 pela HSM.
Tenho mergulhado fundo, pra variar, na transformação das lideranças, ou, ao menos, na transformação das demandas sobre as lideranças. Lembrei deste artigo que considero ainda muito atual. Aí vai uma versão resumida:
Como definir o que deve ser uma liderança para o futuro?
Qualquer concepção sobre “como é” o mundo está se transformando. Tudo aquilo que consideramos certo ou errado está sendo revisto. A própria idéia de certo e errado deixa de fazer sentido. Não há mais algo que possa ser claramente definido como certo ou como errado. Não temos a capacidade de absorver a realidade em toda a sua complexidade e a definição de certo e errado não é fruto de uma percepção mais completa e ampla, mas sim, fruto de uma percepção limitada.
Se não há certo e errado, qual é então o caminho correto?
Se o líder é aquele que lidera, e lidera em direção a algo, pelo menos assim dita o entendimento mais comum sobre a liderança; para onde a liderança deve liderar se o caminho correto não pode ser definido?
Qual é a relação entre um líder e o futuro que se constrói? Ele constrói o futuro ou é construído por ele?
A maioria das visões sobre liderança indica que o líder deve ter uma visão de futuro, uma proposta. Será que o líder para um momento de transformação não é aquele que tem, acima de tudo, sua sensibilidade pronta para captar estas informações sutis? Ou talvez o líder seja aquele que tem a condição de conter a angústia humana, exacerbada pelo fato de vermos o futuro como uma incerteza que temos de aceitar.
Para nós, habitantes do mundo, o futuro gera ansiedade. Uma esperança misturada com angústia devido a um futuro desconhecido para o qual, muitas vezes, não sabemos como nos preparar. Será que o futuro nos surpreenderá em um estado de absoluto despreparo para ele?
Vejo que este estado latente no psiquismo de nossa sociedade dá espaço para muitos enganos. Falsos líderes, líderes que não nos guiam para o futuro, mas sim para um estado ilusório de certezas. São líderes porque têm seus muitos seguidores, mas não são líderes para o futuro. Não são líderes que nos possam guiar na transformação profunda que vivemos em tantos níveis. Líderes que permitam ser colocados em incerteza e dúvida, que lidem com suas fragilidades e nos ajudem a perceber as nossas, que são tantas. Não são líderes que estejam dispostos ao sacrifício de liderar e construir caminhos novos para lugares desconhecidos, onde o futuro realmente está se construindo.
Este ditos líderes, lideram para um caminho de ilusão. Baseados no afagar das angustias e na promessa de um caminho seguro. Um caminho que permita que as ansiedades se acalmem pela direção certeira que apontam e pela absoluta convicção nas verdades que indicam. Certeza que é para eles, às vezes uma mentira consciente, às vezes uma ilusão da qual são vítimas. Talvez sejam líderes do efêmero.
Não creio que oferecer certezas ajude-nos a nos preparar para o mundo. Acho que certezas, cada vez mais, nos tornam despreparados para atuar na construção do futuro que está se mostrando.
Quero louvar e assistir o surgimento dos novos líderes. Os líderes que entendem a unicidade do universo, nossa profunda interligação, nossa necessidade de aprender a lidar com as incertezas e que nos ajudem a nos conectar com o mundo natural do qual somos uma pequena parte. Uma parte frágil e assustada, talvez por nossa percepção sobre o quanto deixamos adormecer nossa conexão com este mundo. Estes líderes são muitos; são muitos de nós. Não é uma época de líderes únicos, é uma época de redes, de conexões, de líderes trabalhando juntos, liderando e sendo liderados pelos muitos caminhos possíveis para uma realidade mais profunda. Líderes que tenham sua maior força na percepção de que não são absolutos, não são soberanos, não são onipotentes. Líderes que mergulhem na profunda consciência de suas limitações, nadem no campo das emoções que nos conectam. Emoções que são muitas, ambivalentes, confusas e sinceras. E que devem ser o navegador para liderar.
E então, seus líderes são líderes para o futuro?
Monday, May 17, 2010
E a virada, virou.
Tomara que não tombe.
Sai da virada (Virada Cultural em São Paulo) alegre pelo movimento, mas com a triste sensação de que ela pode estar entrando no seu declínio. É preciso inovar. Cuidar melhor das coisas. Sempre me encanto com o Centro lotado de um público razoavelmente eclético. Muitos shows e eventos legais e a sinalização estava bastante boa, com os mapas espalhados pra todo lado. Nestas gigantescas festas de rua é natural que a estrutura de apoio seja levada ao limite. Já fui em festas assim em algumas cidades diferentes pelo mundo. Os banheiros são sempre lotados e funcionam no limiar da higiêne. A Rua e os jardins sofrem invariavelmente. Mas alguns pontos me entristeceram um pouco. Acho que no próximo ano será preciso mais planejamento, ou pelo menos, melhorar a execução.
No domingo a virada levou coisas bonitas ao Centro, mas não senti o Centro em festa.
A degradação do espaço público era evidente e a escassez inquestionável de áreas gramadas saltava aos olhos. As pessoas se acumulavam nos pequenos espaços de grama nas praças paulistanas, deixando evidente que, nesta cidade, a grama foi feita pra ser vista, não pra ser aproveitada como na maioria das grandes cidades desenvolvidas do mundo. A dificuldade para achar cestos de lixo era a mesma do que em qualquer dia. Não bastasse o absurdo deste fato, seria bom reforçar a quantidade de cestos durante a festa.
Havia muita segurança, mas os calçadões cheiravam urina de maneira quase insuportável e as pessoas, nas filas do banheiro, esmurravam as portas pelo prazer de agredir o bem público e atrapalhar os outros. Ninguém supervisionava isto. E faltou, na minha opinião, uma visão mais ampla por parte da organização. Havia uma oportunidade que deveria ter sido negociada com comerciantes da área. Vi dezenas de turistas andando entre portas fechadas que não abriram no domingo para embelezar o centro e melhorar o evento. Bares e restaurantes, em sua maioria, fechados. Pena, pois a virada não seguirá crescendo apenas com seus palcos na esquinas e banheiros públicos. É preciso incentivar que os bares e restaurantes coloquem suas mesas na rua neste dia, abram as portas e ajudem a cidade a entrar em estado de festa, não em estado de sítio.
Eu adoro a idéia da virada, mas, neste ano, comecei a temer que em breve a idéia se torne melhor do que o evento em si. Tomara que eu esteja enganado e apenas influenciado por uma segunda feira de frio. Mas acho que é hora de buscar uma visão mais ampla sobre como fazer uma festa na cidade e seguir evoluindo na virada.
Tomara que não tombe.
Sai da virada (Virada Cultural em São Paulo) alegre pelo movimento, mas com a triste sensação de que ela pode estar entrando no seu declínio. É preciso inovar. Cuidar melhor das coisas. Sempre me encanto com o Centro lotado de um público razoavelmente eclético. Muitos shows e eventos legais e a sinalização estava bastante boa, com os mapas espalhados pra todo lado. Nestas gigantescas festas de rua é natural que a estrutura de apoio seja levada ao limite. Já fui em festas assim em algumas cidades diferentes pelo mundo. Os banheiros são sempre lotados e funcionam no limiar da higiêne. A Rua e os jardins sofrem invariavelmente. Mas alguns pontos me entristeceram um pouco. Acho que no próximo ano será preciso mais planejamento, ou pelo menos, melhorar a execução.
No domingo a virada levou coisas bonitas ao Centro, mas não senti o Centro em festa.
A degradação do espaço público era evidente e a escassez inquestionável de áreas gramadas saltava aos olhos. As pessoas se acumulavam nos pequenos espaços de grama nas praças paulistanas, deixando evidente que, nesta cidade, a grama foi feita pra ser vista, não pra ser aproveitada como na maioria das grandes cidades desenvolvidas do mundo. A dificuldade para achar cestos de lixo era a mesma do que em qualquer dia. Não bastasse o absurdo deste fato, seria bom reforçar a quantidade de cestos durante a festa.
Havia muita segurança, mas os calçadões cheiravam urina de maneira quase insuportável e as pessoas, nas filas do banheiro, esmurravam as portas pelo prazer de agredir o bem público e atrapalhar os outros. Ninguém supervisionava isto. E faltou, na minha opinião, uma visão mais ampla por parte da organização. Havia uma oportunidade que deveria ter sido negociada com comerciantes da área. Vi dezenas de turistas andando entre portas fechadas que não abriram no domingo para embelezar o centro e melhorar o evento. Bares e restaurantes, em sua maioria, fechados. Pena, pois a virada não seguirá crescendo apenas com seus palcos na esquinas e banheiros públicos. É preciso incentivar que os bares e restaurantes coloquem suas mesas na rua neste dia, abram as portas e ajudem a cidade a entrar em estado de festa, não em estado de sítio.
Eu adoro a idéia da virada, mas, neste ano, comecei a temer que em breve a idéia se torne melhor do que o evento em si. Tomara que eu esteja enganado e apenas influenciado por uma segunda feira de frio. Mas acho que é hora de buscar uma visão mais ampla sobre como fazer uma festa na cidade e seguir evoluindo na virada.
Thursday, May 13, 2010
Responsabilidade na Publicidade
Mais um ponto de pressão sobre a Ética no Marketing e a Publicidade Vazia.
Hoje pela manhã uma das pessoas aqui da agência pergunta: Alguém mais tá muito insatisfeito com a TIM? A resposta teve rápida ressonância, até mesmo porque somos clientes corporativos da TIM e os celulares de todos os diretores são da TIM. Além de delay em muitas mensagens, temos um dos piores atendimentos de que já tive notícias.
Sentei aqui e soube que a Neogama lançará campanha da TIM com o ator Wagner Moura, reafirmando a qualidade do serviço da operadora.
Segue minha sugestão: Quando a empresa não cumprir com a promessa feita em campanha, twittem o ator! Twittem a agência.
É mais um importante ponto de pressão sobre empresas que não cumprem a qualidade prometida em seus serviços. O ator, em uma campanha assim, não é um personagem fictício. Ele representa a si mesmo e empresta à empresa sua credibilidade. Nada mais justo de que ela ser prejudicada se a empresa não cumprir o que ele prometeu.
Quando agências e atores começarem a pensar duas vezes antes de associarem seus nomes a empresas que não cumprem suas promessas, aí teremos mais um forte ponto de pressão ética sobre o marketing e sobre a operação destas empresas. A relação transparente é sempre justa. Os atores que escolherem bem as empresas com as quais querem associar suas imagens terão sua credibilidade com o público acrescida, e passarão a valer mais para as empresas. A relação das empresas com quem fala de seus produtos e serviços seráo mais um elo de comprometimento.
Cada vez mais, marketing tem que ser expressão da realidade. Um exercício de transparência.
O marketing vazio tem que acabar de uma vez.
Mais um ponto de pressão sobre a Ética no Marketing e a Publicidade Vazia.
Hoje pela manhã uma das pessoas aqui da agência pergunta: Alguém mais tá muito insatisfeito com a TIM? A resposta teve rápida ressonância, até mesmo porque somos clientes corporativos da TIM e os celulares de todos os diretores são da TIM. Além de delay em muitas mensagens, temos um dos piores atendimentos de que já tive notícias.
Sentei aqui e soube que a Neogama lançará campanha da TIM com o ator Wagner Moura, reafirmando a qualidade do serviço da operadora.
Segue minha sugestão: Quando a empresa não cumprir com a promessa feita em campanha, twittem o ator! Twittem a agência.
É mais um importante ponto de pressão sobre empresas que não cumprem a qualidade prometida em seus serviços. O ator, em uma campanha assim, não é um personagem fictício. Ele representa a si mesmo e empresta à empresa sua credibilidade. Nada mais justo de que ela ser prejudicada se a empresa não cumprir o que ele prometeu.
Quando agências e atores começarem a pensar duas vezes antes de associarem seus nomes a empresas que não cumprem suas promessas, aí teremos mais um forte ponto de pressão ética sobre o marketing e sobre a operação destas empresas. A relação transparente é sempre justa. Os atores que escolherem bem as empresas com as quais querem associar suas imagens terão sua credibilidade com o público acrescida, e passarão a valer mais para as empresas. A relação das empresas com quem fala de seus produtos e serviços seráo mais um elo de comprometimento.
Cada vez mais, marketing tem que ser expressão da realidade. Um exercício de transparência.
O marketing vazio tem que acabar de uma vez.
Wednesday, May 12, 2010
Agora e Empresa é Morta!
A visão mecanicista nas organizações pode não acabar. Mas as empresas com esta visão acabarão!
Trabalho com dezenas de organizações em diferentes setores. Grande parte delas, algumas na ponta da inovação em suas áreas, não percebe um grave ponto cego que precisará ser seriamente abordado, e logo:
A inadequação dos modelos clássicos de gestão às necessidades renovadas do mercado.
Os indícios são gigantes, mas as organizações não os estão vendo. Quando nosso olhar está viciado e nosso foco direcionado, dificilmente observamos elementos que estejam fora dos modelos aos que estamos adaptados.
O problema não é visto, pois está fora dos parâmetros clássicos de análise e mensuração.
Os controles usados pelas empresas ainda são originários dos paradigmas ultrapassados, e por isso não conseguem detectar problemas crescentes dentro de suas estruturas de trabalho.
Estruturas de comunicação antiquadas, culturas corporativas cheias travas, absoluta inabilidade dos profissionais e das empresas para lidarem com o diálogo efetivo são alguns dos pontos sérios de origem dos problemas. Suas conseqüências começam a aparecer em muitas empresas, através de sintomas que ainda estão sendo confundidos com os problemas em si. Quando as empresas perceberem que a origem dos problemas está muito atrás do que hoje conseguem perceber, poderá ser tarde para muitas delas, que hoje, consideram-se inabaláveis.
Muitas destas questões partem de uma visão mecanicista de organização. Criamos as máquinas e sua lógica, e depois disso passamos a acreditar que organizações funcionam como máquinas. Isto é uma grande miopia.
Organizações são formadas por pessoas, e, portanto, carregam mais características humanas do que mecânicas.
Uma das conseqüências disso é a própria ambivalência que faz com que o problema cresça e se potencialize. As lideranças das organizações sentem que há algo errado. Não sabem o que é e nem como resolver. Portanto, fingem que tudo está bem e seguem trabalhando, sem buscar encarar de frente e encabeçar uma completa reconstrução organizacional. Esta iludida reação não é, na maioria dos casos, consciente. E isto é uma reação que não condiz com o funcionamento de uma máquina, mas sim, do ser humano.
Seguir dirigindo empresas sob uma visão positivista de gestão é o infalível caminho do fim.
A visão mecanicista nas organizações pode não acabar. Mas as empresas com esta visão acabarão!
Trabalho com dezenas de organizações em diferentes setores. Grande parte delas, algumas na ponta da inovação em suas áreas, não percebe um grave ponto cego que precisará ser seriamente abordado, e logo:
A inadequação dos modelos clássicos de gestão às necessidades renovadas do mercado.
Os indícios são gigantes, mas as organizações não os estão vendo. Quando nosso olhar está viciado e nosso foco direcionado, dificilmente observamos elementos que estejam fora dos modelos aos que estamos adaptados.
O problema não é visto, pois está fora dos parâmetros clássicos de análise e mensuração.
Os controles usados pelas empresas ainda são originários dos paradigmas ultrapassados, e por isso não conseguem detectar problemas crescentes dentro de suas estruturas de trabalho.
Estruturas de comunicação antiquadas, culturas corporativas cheias travas, absoluta inabilidade dos profissionais e das empresas para lidarem com o diálogo efetivo são alguns dos pontos sérios de origem dos problemas. Suas conseqüências começam a aparecer em muitas empresas, através de sintomas que ainda estão sendo confundidos com os problemas em si. Quando as empresas perceberem que a origem dos problemas está muito atrás do que hoje conseguem perceber, poderá ser tarde para muitas delas, que hoje, consideram-se inabaláveis.
Muitas destas questões partem de uma visão mecanicista de organização. Criamos as máquinas e sua lógica, e depois disso passamos a acreditar que organizações funcionam como máquinas. Isto é uma grande miopia.
Organizações são formadas por pessoas, e, portanto, carregam mais características humanas do que mecânicas.
Uma das conseqüências disso é a própria ambivalência que faz com que o problema cresça e se potencialize. As lideranças das organizações sentem que há algo errado. Não sabem o que é e nem como resolver. Portanto, fingem que tudo está bem e seguem trabalhando, sem buscar encarar de frente e encabeçar uma completa reconstrução organizacional. Esta iludida reação não é, na maioria dos casos, consciente. E isto é uma reação que não condiz com o funcionamento de uma máquina, mas sim, do ser humano.
Seguir dirigindo empresas sob uma visão positivista de gestão é o infalível caminho do fim.
Monday, May 10, 2010
Tô Sozinho no Twitter!
O dia em que a Terra parou!
Abandonado! Deixado de lado, largado no esquecimento. Angústia misturada a uma sensação de desorientação. Onde estão todos aqueles nomes e rostos que acostumei a encontrar todos os dias no Twitter. O Twitter sucumbiu a algum Bug, desordem, vírus, seja lá o que for. Seja como for hoje, quando retornei do almoço, ele só exibia zeros! Ninguém me seguindo, ninguém lá para eu seguir!
O que mudou efetivamente na minha vida? Nada? Talvez. Mas estava acostumado àquela turma postando informações interessantes e dados fúteis. Estava acostumado à ilusão reconfortante de que eu sabia onde estavam aquelas pessoas, como estavam se sentindo ou o que estavam fazendo. Eu já estava acostumado à ilusão acolhedora de que alguém escutava minhas idéias, lia meus textos e se importava com minhas sensações e sentimentos compartilhados. Tinha desenvolvido até certo orgulho alegre por ser seguido por outros. Pensava vez ou outra de que algo do que disse foi interessante pra alguém, afinal, por uma ou outra razão, estavam me seguindo.
E agora? Será que seguirei motivado a escrever sem saber o que fazer com aquele texto? Será que seguirei me expressando, escrevendo pensamentos que diziam respeito apenas a mim, mas que, de alguma forma, gostava de compartilhar.
Gandhi, certa vez, disse que não queria seguidores. Mas eu não sou Gandhi. Acho interessante a possibilidade de ser seguido e de seguir outros.
E enquanto estou aqui, observo outros twitteiros postando sua surpresa e sua dúvida. O que está acontecendo com o Twitter?!
Me dou conta por um segundo que, se ainda os vejo, ainda os sigo. Ufa! Os números zerados perecem uma ilusão provocada por um mal funcionamento. Eu ainda os sigo e, provavelmente, ainda sou seguido. Mas nada será como antes. Minha confiança iludida acabou. O Twitter não é a imensa sala cheia de amigos. Ele pode sumir, de uma hora pra outra. Não há nada que eu possa fazer. Esses personagens, em parte, se perderão da minha vida. Por fim, segue a vida e a vida virtual não é mais, para mim, menos real do que qualquer outra. Mas pode ser mais efêmera, e, por isso, há que se mantê-la em sua dimensão. Surpreendentemente, sigo aqui. Com ou sem twitter, sigo aqui. Percebo que a pergunta essencial jamais sumiu e jamais mudou, ainda que vez por outra se enfraqueça. Ainda que às vezes silencie por algum tempo. Estou aqui! E agora? O que fazer com isso.
O dia em que a Terra parou!
Abandonado! Deixado de lado, largado no esquecimento. Angústia misturada a uma sensação de desorientação. Onde estão todos aqueles nomes e rostos que acostumei a encontrar todos os dias no Twitter. O Twitter sucumbiu a algum Bug, desordem, vírus, seja lá o que for. Seja como for hoje, quando retornei do almoço, ele só exibia zeros! Ninguém me seguindo, ninguém lá para eu seguir!
O que mudou efetivamente na minha vida? Nada? Talvez. Mas estava acostumado àquela turma postando informações interessantes e dados fúteis. Estava acostumado à ilusão reconfortante de que eu sabia onde estavam aquelas pessoas, como estavam se sentindo ou o que estavam fazendo. Eu já estava acostumado à ilusão acolhedora de que alguém escutava minhas idéias, lia meus textos e se importava com minhas sensações e sentimentos compartilhados. Tinha desenvolvido até certo orgulho alegre por ser seguido por outros. Pensava vez ou outra de que algo do que disse foi interessante pra alguém, afinal, por uma ou outra razão, estavam me seguindo.
E agora? Será que seguirei motivado a escrever sem saber o que fazer com aquele texto? Será que seguirei me expressando, escrevendo pensamentos que diziam respeito apenas a mim, mas que, de alguma forma, gostava de compartilhar.
Gandhi, certa vez, disse que não queria seguidores. Mas eu não sou Gandhi. Acho interessante a possibilidade de ser seguido e de seguir outros.
E enquanto estou aqui, observo outros twitteiros postando sua surpresa e sua dúvida. O que está acontecendo com o Twitter?!
Me dou conta por um segundo que, se ainda os vejo, ainda os sigo. Ufa! Os números zerados perecem uma ilusão provocada por um mal funcionamento. Eu ainda os sigo e, provavelmente, ainda sou seguido. Mas nada será como antes. Minha confiança iludida acabou. O Twitter não é a imensa sala cheia de amigos. Ele pode sumir, de uma hora pra outra. Não há nada que eu possa fazer. Esses personagens, em parte, se perderão da minha vida. Por fim, segue a vida e a vida virtual não é mais, para mim, menos real do que qualquer outra. Mas pode ser mais efêmera, e, por isso, há que se mantê-la em sua dimensão. Surpreendentemente, sigo aqui. Com ou sem twitter, sigo aqui. Percebo que a pergunta essencial jamais sumiu e jamais mudou, ainda que vez por outra se enfraqueça. Ainda que às vezes silencie por algum tempo. Estou aqui! E agora? O que fazer com isso.
Thursday, May 06, 2010
Wednesday, May 05, 2010
O Palhaço que me Entristece
O Show não pode continuar!
Parei no farol, em uma esquina aqui perto do escritório. Imediatamente um homem vestido de palhaço saltou à frente dos carros e começou a fazer malabarismo com bolinhas. Sua roupa era suja, rasgada em alguns pontos, mas era um completo traje de palhaço. Em seu rosto, um sorriso razoavelmente simpático. Não o suficiente pra me contagiar, mas bem intencionado.
Não dei nenhuma moeda e me coloquei a pensar. Como qualquer serviço que se preste, a competição torna mais difícil chamar a atenção do público. Fazer com que alguma coisa o diferencie é a dinâmica de qualquer negócio que viva um ambiente de competição e abundância de oferta. Porque dar àquele rapaz uma moeda se algumas quadras adiante, numa esquina um pouco maior, um rapaz, claramente estudante de circo, desempenha malabarismos bem mais elaborados? Porque dar uma moeda àquele rapaz se algumas quadras antes um garoto com aparência bem mais sofrida pede uma moeda para comer algo?
Quando tinha uns 15 anos, fiquei maravilhado ao ver, na rua, na Europa, pessoas executando performances realmente bonitas. Me alegravam, embelezavam a cidade e o espaço público. Porque não tenho a mesma sensação aqui?
Infelizmente sinto que estas performances são apenas aperfeiçoamento da máquina da pobreza neste país. Poucas vezes estes artistas conseguem alegrar os poucos segundos que alguém para em um farol. Até porque, não são artistas. Não tem a sensibilidade e a magia de se conectar com o público. Não mobilizam alegria. Recebem moedas, na maioria das vezes, por provocar um sentimento de culpa meio difuso. De vergonha por fazer parte de um sistema que os colocou ali enquanto eu sento aqui no banco de couro e no ar condicionado. Uma moeda é até demais para alguém que nada me fez de bom, mas é barato para apaziguar o sentimento de culpa.
Por fim, acho estes palhaços uma cena triste. Me entristecem, não me alegram.
O que mais me entristece: não dou mais moedas. Não acho “poderia estar roubando” um bom argumento, não vejo graça nos malabarismos e não vejo porque iludir alguém de que aquela é uma atividade viável e sustentável. O pior: não sinto mais culpa. Mais uma vez: É a nossa sociedade que nos dissocializa.
(A imagem do palhaço foi retirada da galeria do site Paraíso Niilista - não localizei o autor)
Pra fazer justiça: Um artista de verdade, flagrado por Ricardo Avellar
O Show não pode continuar!
Parei no farol, em uma esquina aqui perto do escritório. Imediatamente um homem vestido de palhaço saltou à frente dos carros e começou a fazer malabarismo com bolinhas. Sua roupa era suja, rasgada em alguns pontos, mas era um completo traje de palhaço. Em seu rosto, um sorriso razoavelmente simpático. Não o suficiente pra me contagiar, mas bem intencionado.
Não dei nenhuma moeda e me coloquei a pensar. Como qualquer serviço que se preste, a competição torna mais difícil chamar a atenção do público. Fazer com que alguma coisa o diferencie é a dinâmica de qualquer negócio que viva um ambiente de competição e abundância de oferta. Porque dar àquele rapaz uma moeda se algumas quadras adiante, numa esquina um pouco maior, um rapaz, claramente estudante de circo, desempenha malabarismos bem mais elaborados? Porque dar uma moeda àquele rapaz se algumas quadras antes um garoto com aparência bem mais sofrida pede uma moeda para comer algo?
Quando tinha uns 15 anos, fiquei maravilhado ao ver, na rua, na Europa, pessoas executando performances realmente bonitas. Me alegravam, embelezavam a cidade e o espaço público. Porque não tenho a mesma sensação aqui?
Infelizmente sinto que estas performances são apenas aperfeiçoamento da máquina da pobreza neste país. Poucas vezes estes artistas conseguem alegrar os poucos segundos que alguém para em um farol. Até porque, não são artistas. Não tem a sensibilidade e a magia de se conectar com o público. Não mobilizam alegria. Recebem moedas, na maioria das vezes, por provocar um sentimento de culpa meio difuso. De vergonha por fazer parte de um sistema que os colocou ali enquanto eu sento aqui no banco de couro e no ar condicionado. Uma moeda é até demais para alguém que nada me fez de bom, mas é barato para apaziguar o sentimento de culpa.
Por fim, acho estes palhaços uma cena triste. Me entristecem, não me alegram.
O que mais me entristece: não dou mais moedas. Não acho “poderia estar roubando” um bom argumento, não vejo graça nos malabarismos e não vejo porque iludir alguém de que aquela é uma atividade viável e sustentável. O pior: não sinto mais culpa. Mais uma vez: É a nossa sociedade que nos dissocializa.
(A imagem do palhaço foi retirada da galeria do site Paraíso Niilista - não localizei o autor)
Pra fazer justiça: Um artista de verdade, flagrado por Ricardo Avellar
Tuesday, May 04, 2010
Curtindo a Grama
Será que vamos retomar as praças e os parques?
Empolgado com o casamento de meus grandes amigos no meio da Praça, a discussão do público e privado ganhou espaço em mim e, claro, aqui no blog. Cada vez que viajo e vejo centenas de pessoas curtindo seus horários de almoço deitados nos gramados em qualquer cidade da Europa, eu me pergunto o que saiu errado com a cultura no nosso país. Isso é mais uma das coisas que o movimento New Hippie precisa tocar: o uso dos espaços públicos. O renascimento das praças e gramados. Pra vocês terem uma idéia do absurdo, o Centro Empresarial de São Paulo é um dos poucos conjuntos de prédios comerciais na cidade que ainda tem uma belo gramado ao seu redor. Pasmem: É proibido sentar na grama. É proibido ficar nestes espaços! Ridículo. Enfim, só pra arejar, segue um trecho que pra mim é emblemático. É a abertura do filme Hair, um ícone do movimento hippie. Nada melhor pra brindar o movimento New Hippie. Aí fica bem evidente como a ação do movimento era sempre se opor ao Estado. Minha sugestão, quando falo do movimento New Hippie, é que possamos fazer esta pequena correção no curso das ações. Vamos abraçar o Estado, se aproximar dele reinvindicando direitos e cobrando responsabilidades. O hippies achavam graça em se opor às instituições. Acho que as instituições precisam se flexibilizar e aprender a manterem-se mais influenciáveis pelo entorno. O Estado deve, definitivamente, aprender a servir à sociedade, e não ser servido por ela. Isto é uma deturpaçao absoluta do papel do Estado no Brasil. Ainda há muito a ser corrigido neste sentido. Como bem apontou Rousseau "Bem longe de o Rei dar a seus vassálos subsistência, são esses que a dão a ele." O que dizer então de uma democracia!?
Será que vamos retomar as praças e os parques?
Empolgado com o casamento de meus grandes amigos no meio da Praça, a discussão do público e privado ganhou espaço em mim e, claro, aqui no blog. Cada vez que viajo e vejo centenas de pessoas curtindo seus horários de almoço deitados nos gramados em qualquer cidade da Europa, eu me pergunto o que saiu errado com a cultura no nosso país. Isso é mais uma das coisas que o movimento New Hippie precisa tocar: o uso dos espaços públicos. O renascimento das praças e gramados. Pra vocês terem uma idéia do absurdo, o Centro Empresarial de São Paulo é um dos poucos conjuntos de prédios comerciais na cidade que ainda tem uma belo gramado ao seu redor. Pasmem: É proibido sentar na grama. É proibido ficar nestes espaços! Ridículo. Enfim, só pra arejar, segue um trecho que pra mim é emblemático. É a abertura do filme Hair, um ícone do movimento hippie. Nada melhor pra brindar o movimento New Hippie. Aí fica bem evidente como a ação do movimento era sempre se opor ao Estado. Minha sugestão, quando falo do movimento New Hippie, é que possamos fazer esta pequena correção no curso das ações. Vamos abraçar o Estado, se aproximar dele reinvindicando direitos e cobrando responsabilidades. O hippies achavam graça em se opor às instituições. Acho que as instituições precisam se flexibilizar e aprender a manterem-se mais influenciáveis pelo entorno. O Estado deve, definitivamente, aprender a servir à sociedade, e não ser servido por ela. Isto é uma deturpaçao absoluta do papel do Estado no Brasil. Ainda há muito a ser corrigido neste sentido. Como bem apontou Rousseau "Bem longe de o Rei dar a seus vassálos subsistência, são esses que a dão a ele." O que dizer então de uma democracia!?
Monday, May 03, 2010
Chega de Marketing Fútil!
Tem gente que ainda não entendeu que o marketing agora começa na gestão!
Hoje a comunicação corporativa e o branding assumiram um papel fundamental no marketing. Não existe mais produto completamente desvinculado da empresa que o produz. O mercado e a sociedade, que pouco a pouco percebem que são a mesma coisa, estão cada vez mais atentos a quem são as empresas e como elas se relacionam com o mundo. Logo mais não será possível uma empresa com posturas que agridam a sociedade e o planeta vendendo seu produto de forma inconseqüente. Qualidade do produto e preço seguem sendo fundamentais, mas não serão mais suficientes.
Por hora ainda é possível fazer isto. Basta produzir atrás da muralha da China e a hipocrisia corporativa fingirá não ver o que se passa por lá. Mas eu acredito que uma hora isto também vai acabar.
Ainda existem empresas achando que marketing é escolher uma mensagem e colocá-la numa embalagem bonita. Depois é só veicular em vários lugares e gerar visibilidade. Grande engano.
Marketing hoje em dia é um exercício de potencializar a transparência. A empresa tem de ser e fazer verdadeiramente algo que incentive a sociedade a prestar atenção nela e comprar seus produtos. Depois entra o marketing pra pensar como provocar a sociedade a prestar atenção e ver o que está acontecendo. Por isso também as empresas não podem mais fazer feio e querer que os marqueteiros resolvam na base da maquiagem. Não nos prestamos a isso, e essa estratégia não funciona!
Toda vez que os marketeiros tentarem promover ações vazias. Para expor marcas e produtos sem essência, com ações que não reflitam quem a empresa realmente é, pagarão o preço disso! Pois, uma hora, a sociedade vai descobrir e o feitiço vai virar contra o feiticeiro.
Tem gente que ainda não entendeu que o marketing agora começa na gestão!
Hoje a comunicação corporativa e o branding assumiram um papel fundamental no marketing. Não existe mais produto completamente desvinculado da empresa que o produz. O mercado e a sociedade, que pouco a pouco percebem que são a mesma coisa, estão cada vez mais atentos a quem são as empresas e como elas se relacionam com o mundo. Logo mais não será possível uma empresa com posturas que agridam a sociedade e o planeta vendendo seu produto de forma inconseqüente. Qualidade do produto e preço seguem sendo fundamentais, mas não serão mais suficientes.
Por hora ainda é possível fazer isto. Basta produzir atrás da muralha da China e a hipocrisia corporativa fingirá não ver o que se passa por lá. Mas eu acredito que uma hora isto também vai acabar.
Ainda existem empresas achando que marketing é escolher uma mensagem e colocá-la numa embalagem bonita. Depois é só veicular em vários lugares e gerar visibilidade. Grande engano.
Marketing hoje em dia é um exercício de potencializar a transparência. A empresa tem de ser e fazer verdadeiramente algo que incentive a sociedade a prestar atenção nela e comprar seus produtos. Depois entra o marketing pra pensar como provocar a sociedade a prestar atenção e ver o que está acontecendo. Por isso também as empresas não podem mais fazer feio e querer que os marqueteiros resolvam na base da maquiagem. Não nos prestamos a isso, e essa estratégia não funciona!
Toda vez que os marketeiros tentarem promover ações vazias. Para expor marcas e produtos sem essência, com ações que não reflitam quem a empresa realmente é, pagarão o preço disso! Pois, uma hora, a sociedade vai descobrir e o feitiço vai virar contra o feiticeiro.
Casamento por Interesse
Tem gente interessada em brindar à cidade e incentivar a curtição das áreas públicas
Ontem fui a um evento delicioso. Não podia ser um simples casamento a união dos meus queridos amigos André Stern (Dedé Stern, psico-geólogo) e da minha querida amiga PZ (Paula Zemel), arquiteta, artista piradinha e genial. Paula que vive tentando ver espaços com um novo olhar e o André, que dedica a sua vida à educação e é vidrado no Centro de SP. O casamento foi uma Flash-Mob na deliciosa Praça Buenos Aires, em Higienópolis. Foi fantástico aproveitar o espaço público de maneira tão inusitada. A maioria dos presentes tinha memórias de infância daquele lugar, e confessavam pelos cantos não entrar lá há anos! O que será que nos afasta tanto dos espaços públicos? Bom, a pergunta, eu sei, tem respostas óbvias e verdadeiras. Segurança principalmente. Pena.
Tem gente interessada em brindar à cidade e incentivar a curtição das áreas públicas
Ontem fui a um evento delicioso. Não podia ser um simples casamento a união dos meus queridos amigos André Stern (Dedé Stern, psico-geólogo) e da minha querida amiga PZ (Paula Zemel), arquiteta, artista piradinha e genial. Paula que vive tentando ver espaços com um novo olhar e o André, que dedica a sua vida à educação e é vidrado no Centro de SP. O casamento foi uma Flash-Mob na deliciosa Praça Buenos Aires, em Higienópolis. Foi fantástico aproveitar o espaço público de maneira tão inusitada. A maioria dos presentes tinha memórias de infância daquele lugar, e confessavam pelos cantos não entrar lá há anos! O que será que nos afasta tanto dos espaços públicos? Bom, a pergunta, eu sei, tem respostas óbvias e verdadeiras. Segurança principalmente. Pena.
Mas a praça estava linda, e um monte de gente lá pra assistir a um casamento só a deixou mais bonita. Foi um brinde ao espaço público e à cidade.
É claro que no meio a administradora dos parques ameaçou remover todo mundo á força. Sim. Paula tinha pedido autorização para a prefeitura que a concedeu, desde que não houvesse um sacerdote religioso. Mas, para o judaísmo não é preciso um rabino pra casar. Apenas um celebrante que saiba fazer as rezas, e assim foi. Mas a prefeitura não passou nada para a administração dos parques e os noivos tiveram que lidar com isto no meio de tudo. Mas o sorriso da noiva amoleceu a administradora que, com bom seno, desistiu de expulsar cidadãos da praça pública!
Por fim. Parabéns a eles. Foi ótimo. Dançar até cair foi apenas pra coroar na festinha que rolou depois em um apartamento maravilhoso com vista pra praça. Pra mim, nesse casamento, os convidados foram presenteados!
O Lobo em Pele de Cordeiro
Populistas são crianças mimadas pelo próprio ego
Populistas são lobos em pele de cordeiro. Indivíduos cujo amor a si próprio é tão exacerbado e desviado que sobrepõe a capacidade de sentir amor ao próximo. Seu interesse no próximo é verdadeiro mas não amoroso. Ele precisa do próximo para admirá-lo. Pois é na admiração dos outros por ele que ele alimenta sua própria auto-admiração torta. Na gestão pública estes indivíduos tomam atitudes falsas. Ações de curto prazo que apaziguam as ansiedades primárias do povo, mas não constroem uma sociedade mais madura e mais forte. É como um pai que dá doces a uma criança ao invés de comida saudável, porque a criança chora e pede doces. Eles não ensinam a importância da comida. Ele apenas atendem de forma infantil. Os populistas estão interessados em fazer a sociedade feliz no curto prazo para que esta siga declarando sua gratidão e admiração a eles. Não são, eles, nem um pouco mais maduros do que as crianças que choram por doces. São, em seu íntimo emocional e psíquico, infantis e perversos. A responsabilidade de um governante não é fazer seu povo feliz no curto prazo apenas. É construir uma sociedade mais sustentável no longo prazo, nos seus aspectos sociais, econômicos e também ambientais. O alimento ao intelecto e à alma é também importante para apaziguar de maneira mais profunda as angústias do povo.
O populista não tem interesse em incentivar uma sociedade mais madura e educada, pois prefere lidar com uma sociedade que tenha mais baixa capacidade crítica, e também porque ele crê que é dele que virão as soluções para todos os problemas. É uma criança metida e arrogante.
Bem disse Rousseau: “Antes de examinar o ato pelo qual um povo elege um rei, seria bom examinar o ato pelo qual um povo é povo. Pois sendo esse ato necessariamente anterior ao outro, é o verdadeiro fundamento de uma sociedade.” O ato que forma um povo precede a escolha de seus governantes. Sendo assim me ponho a pensar, o que deve mudar na essência de um povo para que este seja capaz de eleger líderes que o querem fazer crescer, e não populistas perversos que babam sorrisos arrogantes e acariciam a cabeça de seus governados como se fossem crianças. Temos de acordar!
É bom, sim, ser tratado como uma indefesa criança por vezes. Mas sem os desafios sérios da vida um indivíduo não cresce, e nem cresce uma sociedade.
Populistas são crianças mimadas pelo próprio ego
Populistas são lobos em pele de cordeiro. Indivíduos cujo amor a si próprio é tão exacerbado e desviado que sobrepõe a capacidade de sentir amor ao próximo. Seu interesse no próximo é verdadeiro mas não amoroso. Ele precisa do próximo para admirá-lo. Pois é na admiração dos outros por ele que ele alimenta sua própria auto-admiração torta. Na gestão pública estes indivíduos tomam atitudes falsas. Ações de curto prazo que apaziguam as ansiedades primárias do povo, mas não constroem uma sociedade mais madura e mais forte. É como um pai que dá doces a uma criança ao invés de comida saudável, porque a criança chora e pede doces. Eles não ensinam a importância da comida. Ele apenas atendem de forma infantil. Os populistas estão interessados em fazer a sociedade feliz no curto prazo para que esta siga declarando sua gratidão e admiração a eles. Não são, eles, nem um pouco mais maduros do que as crianças que choram por doces. São, em seu íntimo emocional e psíquico, infantis e perversos. A responsabilidade de um governante não é fazer seu povo feliz no curto prazo apenas. É construir uma sociedade mais sustentável no longo prazo, nos seus aspectos sociais, econômicos e também ambientais. O alimento ao intelecto e à alma é também importante para apaziguar de maneira mais profunda as angústias do povo.
O populista não tem interesse em incentivar uma sociedade mais madura e educada, pois prefere lidar com uma sociedade que tenha mais baixa capacidade crítica, e também porque ele crê que é dele que virão as soluções para todos os problemas. É uma criança metida e arrogante.
Bem disse Rousseau: “Antes de examinar o ato pelo qual um povo elege um rei, seria bom examinar o ato pelo qual um povo é povo. Pois sendo esse ato necessariamente anterior ao outro, é o verdadeiro fundamento de uma sociedade.” O ato que forma um povo precede a escolha de seus governantes. Sendo assim me ponho a pensar, o que deve mudar na essência de um povo para que este seja capaz de eleger líderes que o querem fazer crescer, e não populistas perversos que babam sorrisos arrogantes e acariciam a cabeça de seus governados como se fossem crianças. Temos de acordar!
É bom, sim, ser tratado como uma indefesa criança por vezes. Mas sem os desafios sérios da vida um indivíduo não cresce, e nem cresce uma sociedade.
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