Tuesday, July 17, 2012

MUDEI!!

Visite o Blog em novo endereço!

Monday, July 02, 2012

MUDANÇA!

Oi. Meu Blog mudará em breve. 
Nova cara e novo endereço.
Será um imenso prazer recebê-los por lá!

Em breve dou diretrizes.


Nele estará boa parte do conteúdo que está por aqui, e alguns dos conteúdos serão reinseridos aos poucos. Além disso, este Blog seguirá no ar por algum tempinho para que busque conteúdos que aqui estão. Se algo que te interessa desaparecer, basta envoar uma mensagem que republicarei.

Logo mais dou notícias.

Friday, June 22, 2012

Novo videozinho da Satyawork! Dá uma olhada, é um minutinho.


Pega na Mentira!
Ainda existe mentira nas organizações? Ao menos na cabeça das pessoas, existe.

Ainda há uma incrível ilusão de que processos podem substituir aspectos fundamentais das relações. Como a confiança, por exemplo.
Sua organização está mergulhada em um mar de desconfiança e as pessoas consideram possível que o outro esteja mentindo? Em caso afirmativo, não se iluda. Este é o primeiro e único problema com o qual você deve gastar seus recursos. Todos os outros são secundários.
Mas há que se destacar também, este problema em si jamais é origem, mas sim consequência. Sintoma de algo mais sério que reside em sua organização. Identificar o fator ou os fatores que levam a isto é urgente.
Por fim, nada mais do que um desabafo em forma de alerta. Fique atento, pois se as pessoas mentem ou consideram que podem estar mentindo pra ela sua organização está condenada a um clima péssimo, conflitos desgastantes e posturas infantis.
Mas não trate este assunto com desdém, e não dê broncas simplesmente, pois isto não resolverá a questão. Comece a endereçar um diagnóstico sério, criar canais de diálogo e construir um plano de intervenção objetivo e preciso, ou terá problemas sendo arrastados pra baixo do tapete e um mundo de intrigas por baixo dos panos. Energia jogada no lixo, vidas vividas mediocremente e sua organização pagando boa parte da conta.

Wednesday, June 13, 2012

Se não podes aceitar o não compreendido, toda sua compreensão não passa de ilusão.

Friday, June 01, 2012

O superficial faz sofrer o profundo. E vice-versa. É preciso que ambos se comuniquem.

Friday, May 25, 2012


AJC Global Forum 2012
& a presença de Antônio Patriota
Meus pensamentos e preocupações sobre as reações às posições brasileiras. Conhecer a cultura e a história de cada país para entender como demandar e dialogar é fundamental.

 Acabo de retornar de Washington, onde participei do AJC Global Forum. Um evento dedicado à diplomacia internacional e os movimentos mais relevantes na atual geopolítica global.

Promovido pelo American Jewish Comitte, uma das maiores organizações americanas de diplomacia e lobby, atividade que é absolutamente regulamentada nos EUA,  o evento em muito extrapola questões relevantes apenas às comunidades judaicas, tendo como parceiros algumas das mais importantes corporações americanas, entidades de classe e as diversas comunidades e instituições. Como convidado de honra para a abertura oficial do encontro, frente a mais de 1.500 convidados de mais de cinqüenta diferentes países, autoridades de Estado de mais de dez diferentes nações, este ano o AJC trouxe Antônio Patriota. Ministro de Relações Exteriores do Brasil, que aceitou o convite para uma participação sincera e generosa.
Patriota subiu ao palco do evento sob fortes aplausos, acusando em público a presença de amigos de longa data na platéia, ao referir-se a alguns membros da liderança da comunidade judaica paulista, sentados, como estávamos, à primeira fila. Patriota, ao aceitar o convite, mostrou profundo respeito pelo AJC e, como não, à comunidade judaica brasileira, companheira na concretização deste convite. Como membro da nossa delegação, me senti honrado e emocionado ao ver o Brasil convidado a ocupar o palco neste espaço, que foi no ano passado divido por Madeleine Albright, ex Secretária de Estado dos EUA e Joschka Fischer, ex Ministro de Relações Exteriores da Alemanha. O Ministro sentou-se em sua cadeira para ser entrevistado pelo Presente executivo do AJC, David Harris. E sentou-se consciente de que seria recebido com perguntas difíceis sobre temas contundentes. E o foi.
O Ministro foi enfático em lembrar a posição brasileira enquanto parceiro de Israel. Destacou as boas relações comerciais, a convicção quanto ao direito de existência de Israel como Estado e relembrou o voto favorável do Brasil à criação do Estado, em seção presidida por Oswaldo Aranha, diplomata brasileiro.
Mencionou nominalmente a Diretora para America Latina do AJC como amiga de longa data, remontando desde quando foi, por mais de uma vez, Embaixador do Brasil na Capital americana.
Foi questionado também sobre o voto brasileiro, favorável à declaração unilateral do Estado palestino independente.  E defendeu este voto. Reforçou a tentativa brasileira de equilibrar posições e de tentar, com este voto, gerar movimento em um processo que se encontrava estagnado. Posição controversa, que nesta platéia provocou indignação.
O Ministro foi inquerido também sobre o posicionamento brasileiro frente ao Irã. Mantendo relações diplomáticos, tendo esboçado inclusive traços de disposição a uma amizade entre nações. O convite brasileiro ao Presidente Ahmadinejad, o incentivo às relações comerciais, e a ausência da voz brasileira a condenar no Foro internacional um regime ditatorial que declara a não aceitação à existência de Israel, demoniza publicamente os Estados Unidos e corrompe constantemente valores humanitários, ao menos como são vistos por nós. Mais uma vez defendeu uma posição branda e de aproximação. Explanou sobre a opção brasileira em manter relações, para poder assim discutir posições e opiniões. Influenciar mudanças como um amigo, ao invés de declara-se inimigo.
Após sua aplaudida presença, suas declarações foram massacradas. Fomos questionados de todos os lados sobre a posição brasileira, e na boca de grande parte do público, Patriota foi travestido quase de um inimigo, ainda que David Harris tenha destacado por vezes que o Brasil é uma nação amiga. Esta visão nebulosa é um erro grave e, para mim, perigoso! .
A tantos que manifestaram-se pelos corredores do evento, criticando a posição brasileira quanto a estes temas, escrevo este desabafo alerta. Me sinto impelido a escrever sobre isto, pois acho de extrema importância. Foço-o como brasileiro, como judeu e como um dos brasileiros ali sentados, recebido em jantares seguidos, primeiro na Residência Oficial do Embaixador, numa recepção calorosa e um diálogo franco com o Embaixador Mauro Vieira e sua equipe, e em seguida num jantar aberto e sem formalismos com o Ministro que esteve disposto a conversas francas e mesmo a criticas.
Deixe-me pontuar que sou um pacifista e um democrata convicto. Mas acredito também, que existam limites que demandem ações mais duras e posições mais contundentes. Não gosto da maneira como o Brasil trata de forma branda com o Irã. Na minha família convivi com vitimas do Holocausto, sobreviventes dos Campos, e convivo com vitimas das torturas realizadas no Brasil no Período da Ditadura, visto que venho de uma família com longa história de militância política de esquerda.  Não posso, de forma alguma, apoiar um país que insista num Estado ditatorial e que rejeite o direito de Israel à existência. Não me agrada a posição brasileira frente ao Irã e gostaria de ver o país assumir uma posição mais dura e contrária ao Governo iraniano, e que, definitivamente, abrisse mão da vergonhosa relação com Ahmadinejad, um Chefe de estado que nega publicamente a existência do Holocausto. Um bufão a favor do Caos.
Também sou a favor de uma Estado Palestino. Sou favorável como o é a maioria dos Israelenses. No entanto, sou contrário a uma declaração unilateral, que descarta o diálogo. A proposta de uma declaração unilateral interrompe o diálogo e cria a ilusão de que este não ocorre por Israel não querer. Uma forma perigosa de forjar a força verdades históricas questionáveis. Acima de tudo, acho que o voto brasileiro na questão foi ingênuo, definido por um entendimento superficial da questão. O Brasil, infelizmente, conhece a situação Israel-Palestina de forma superficial e passional, deixando-se levar por visões pouco amadurecidas do tema. Esta é, ao menos, minha opinião.
Por fim, eu gostaria que isto mudasse para que o voto brasileiro frente à questão israelense fosse decidido pela ponderação frente a cada questão, e não por uma pré-definição de Estado, que baseia um voto de grande importância em um conhecimento pouco aprofundado do tema. O Brasil votou de maneira favorável à criação do estado de Israel, sim. Isto me orgulha, mas muito me entristece que tenha sido este o último voto brasileiro favorável à Israel na ONU.
Dito isto, quero fazer meu mais importante grifo. O Brasil é uma democracia jovem, que vem batalhando com seus próprios desafios. Neste sentido acho que manifesta, sim, posições imaturas por vezes. Tenta ser amigo de todos e ainda manifesta resquícios que sobraram de uma esquerda passional e jovem demais, que carecia de maturidade em sua essência. Mas também é o pais que saiu de um Governo de direita militarizado e ditatorial e vem caminhando de forma maravilhosa para uma democracia sólida. É o país que recebeu meus avós e deu a eles a oportunidade de sobreviverem, constituírem uma família e seguirem sua vida como judeus. É uma país que tem posições que às vezes nos desagradam, mas é uma nação onde podemos manifestar nossa insatisfação com isso, como aqui faço. Isto tem muito valor. O Brasil tem posições que podem nos parecer ruins, e talvez sejam, mas é um pais onde o Ministro de Relações Exteriores aceita cruzar o mundo para sentar frente a esta platéia e dizer como pensa nossa nação. Ainda que nós, como brasileiro, e certamente muitos judeus americanos que lá conhecemos, preferíssem que ela fosse diferente. Falou coisas que agradou e coisas que desagradou. Nós, judeus brasileiros ou não, se tanto defendemos a democracia, vejamos também com bons olhos esta democracia jovem, que por vezes erra e ainda seguirá cometendo erros no caminho de seu amadurecimento. 
Com o tempo, talvez, nossa diplomacia e o Estado perceberão que precisa assumir algumas posições mais duras. Cabe também a nós cobrar isto e atuar na construção do nosso país e desta sociedade. Em última instancia, é uma democracia e somos parte da sociedade que constrói essas posições. Sigamos nos manifestando e chamando o diálogo. Bradando contra mentiras eventuais e incentivando a aproximação com Israel, para que o país possa, cada vez mais, conhecer o que é realmente a única Democracia do Oriente Médio. 
Mas não cometamos o terrível engano de classificar amigos como inimigos. 
Já temos inimigos demais para cometer este engano. O Brasil é uma nação democrática, onde nós somos cidadãos, parte da construção do pais. Brasileiros sem ressalvas.
Por fim, meus caros amigos, não creio que todos devam ser taxados de amigos ou inimigos. Há muito espaço entre as duas posições. Amigos não são apenas aqueles que fazem tudo da maneira como queremos. Amigos são aqueles que se mantém aberto a nos escutar, dispostos a mudar a partir desta troca, e preocupados com nossa existência.
Como judeu clamo a lembrança de tantos que sentiram-se indignados e decepcionados com algumas posturas manifestadas por Patriota: Lembremos o valor que tem aquilo a que nos habituamos. Que o Brasil é um pais onde judeus, árabes, muçulmanos, mulheres, negros, bahai são todos cidadãos livres com direitos iguais. E é um pais que não questiona, de forma alguma, o direito absoluto de Israel à existência. E é sim um pais que tende a buscar posições brandas, seja isto bom ou ruim, e às vezes acho que é muito ruim. Mas há que se entender como caminha esta nação, e cobrá-la como cidadãos para que amadureça em inúmeros aspectos e posições, mas não cobrá-la a que seja como são outras, pois isto ela não fará.

Tuesday, April 10, 2012

"Inspiração só conheço de nome(...). Poesia é o belo trabalhado. É uma artesania" Manoel de Barros



Um documentário maravilhoso sobre o poeta Manoel de Barros. Lindo.
De todos os foliões, o medo é o que mais se traveste de coragem.
Dados e índices podem nos ajudar a expressar a realidade, ou a ocultá-la.

Você é a resposta
A qualidade de vida não deve ser alcançada, deve ser vivida.
Por Marcio Svartman

(artigo escrito para a revista ResultsOn, janeiro 2012)

Há uns dias estava eu em um dos meus mais apreciados programas. Meditava à beira de um lago em um templo budista próximo a São Paulo. Após algum tempo, terminei meu despertar com um suspiro. Mais um minuto e peguei do bolso meu celular. Chequei e-mails, comecei a responder alguns. Um homem parado a alguns metros, no meio do jardim, me olhou com olhar superior e disse: Nem aqui você consegue se libertar. É prisioneiro da tecnologia e dos tempos modernos, que pegam você onde você estiver.
Olhei atentamente para meu colega de jardim, refleti um pouco, e respondi: Meu amigo, são três da tarde de uma 3a feira. Eu estou meditando na beira de um lago, cercado por um bosque. Não fosse este aparelho e tão diabólica tecnologia, eu certamente estaria em meu escritório. A tecnologia que te aprisiona, a mim, liberta.
Não faltam respostas à pergunta: O que nos aprisiona ao trabalho e às nossas obrigações de forma a nos oprimir. Mas a maioria das respostas, são dissimulações de uma realidade interna, emocional, e que só nós mesmos podemos melhorar. Eu poderia ver aquele evento na beira do lago como uma opressão da tecnologia, e se o fizesse, me sentiria oprimido.
Tem filhos?
Não. Tinha dois, mas morreram, Graças a Deus.
Fica feliz com a morte de seus filhos?
Sim. Agradeço a Deus. Estou livre do peso de sustentá-los, e eles, pobres criaturas, livre do peso desta vida mortal.

Este diálogo é um fragmento de uma entrevista de emprego. Ela aconteceu em Londres, em meados de 1.800.  Está retratada no livro “História da Riqueza do Homem”, de Leu Huberman.
Não estamos em um período onde o trabalho é mais opressor.  Nossa demanda por qualidade de vida não é fruto de um momento onde o trabalho é excessivamente repressivo. É resultado de um momento em que se amplia a consciência humana sobre o fato de que a vida pode ser mais do que isso. Sobre o fato de que já desenvolvemos conhecimento e tecnologia suficiente para resolver todos os nossos problemas concretos com menos esforço, e podemos passar a curtir o mundo ao invés de destruí-lo. O problema é que desenvolvemos a consciência, mas ainda não resolvemos concretamente esta equação.
Mas a solução da equação está também na consciência. O comportamento do mundo e das organizações é o reflexo tardio de nosso comportamento. A idéia de que pressão no trabalho está matando as pessoas muito jovens também é uma ilusão. A expectativa de vida cresce de maneira assustadora. Só nos últimos 30 anos, segundo o IBGE, subiu mais de dez anos, chegando, no Brasil, a 73,5 anos. Daí também vem a vontade de viver bem, pois viveremos muito.
Como resolver este dilema?
O dilema é interno, e não será resolvido pelas empresas, mas sim em uma relação dinâmica entre as pessoas e as organizações, buscando um equilíbrio positivo, que incentive as pessoas a trabalharem bem e torne as organizações o espaço onde as pessoas irão exercer sua criatividade, sua inovação e sua experimentação. Será sempre uma relação dialética entre todos os agentes, pois qualidade de vida também não é a mesma coisa para todos.
Outro dia eu estava em um café e vi dois jovens executivos conversando, quando um deles, com ar professoral disse: “O negócio não é ter qualidade de vida. O importante é ter uma vida de qualidade.”
O que? Isso, perdoem-me, não quer dizer nada. As duas frases são a mesma coisa! Mudar a ordem das palavras não nos dará um horizonte maior de soluções. A vida deve ser um espaço de realização de nosso potencial. Os lideres que construirão o futuro são aqueles que puderem criar ambientes assim, coordenando equipes pelo desafio ao invés da pressão. Pelo comprometimento ao invés da ameaça.  E, no mundo, acho que nem todos poderão gozar de uma vida de realizações, assim como nem todas as empresas despontarão como ícones da inovação e do crescimento. Pense como sua organização estará entre elas.
O desafio segue na dimensão individual, e aí existem pelo menos duas frentes importantes: a fé e o desapego. A fé para crer que o futuro será bom, e que poderemos sobreviver nele, tirando-o de uma posição de incerteza assustadora. O desapego vem para reforçar este sentimento e incentivar a ousadia. Gandhi certa vez disse: Não há problema em se ter uma fortuna, mas não podemos sofrer caso a deixemos de tê-la. De maneira geral nossa sociedade ainda persegue o material, e a tranqüilidade oferecida por ele é efêmera, e sempre será.
Por fim, a qualidade de vida não está e jamais estará ligada ao que se tem, mas sim a como nos relacionamos emocionalmente com o que está ao redor. E isto é sempre difícil de admitir em uma sociedade acostumada a lidar muito com o concreto e muito pouco com a subjetividade. Está na hora de mudar isto, e comece por pensar o que você quer para a sua vida, pois esta resposta é responsabilidade sua, não da empresa onde você trabalha.