Agora e Empresa é Morta!
A visão mecanicista nas organizações pode não acabar. Mas as empresas com esta visão acabarão!
Trabalho com dezenas de organizações em diferentes setores. Grande parte delas, algumas na ponta da inovação em suas áreas, não percebe um grave ponto cego que precisará ser seriamente abordado, e logo:
A inadequação dos modelos clássicos de gestão às necessidades renovadas do mercado.
Os indícios são gigantes, mas as organizações não os estão vendo. Quando nosso olhar está viciado e nosso foco direcionado, dificilmente observamos elementos que estejam fora dos modelos aos que estamos adaptados.
O problema não é visto, pois está fora dos parâmetros clássicos de análise e mensuração.
Os controles usados pelas empresas ainda são originários dos paradigmas ultrapassados, e por isso não conseguem detectar problemas crescentes dentro de suas estruturas de trabalho.
Estruturas de comunicação antiquadas, culturas corporativas cheias travas, absoluta inabilidade dos profissionais e das empresas para lidarem com o diálogo efetivo são alguns dos pontos sérios de origem dos problemas. Suas conseqüências começam a aparecer em muitas empresas, através de sintomas que ainda estão sendo confundidos com os problemas em si. Quando as empresas perceberem que a origem dos problemas está muito atrás do que hoje conseguem perceber, poderá ser tarde para muitas delas, que hoje, consideram-se inabaláveis.
Muitas destas questões partem de uma visão mecanicista de organização. Criamos as máquinas e sua lógica, e depois disso passamos a acreditar que organizações funcionam como máquinas. Isto é uma grande miopia.
Organizações são formadas por pessoas, e, portanto, carregam mais características humanas do que mecânicas.
Uma das conseqüências disso é a própria ambivalência que faz com que o problema cresça e se potencialize. As lideranças das organizações sentem que há algo errado. Não sabem o que é e nem como resolver. Portanto, fingem que tudo está bem e seguem trabalhando, sem buscar encarar de frente e encabeçar uma completa reconstrução organizacional. Esta iludida reação não é, na maioria dos casos, consciente. E isto é uma reação que não condiz com o funcionamento de uma máquina, mas sim, do ser humano.
Seguir dirigindo empresas sob uma visão positivista de gestão é o infalível caminho do fim.
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