Monday, January 10, 2011


David e Golias
 
Esta passagem é bastante conhecida, e trata de um conflito latente clássico no ser humano e seu frágil psiquismo. Os pequenos podem vencer os grandes. Não precisam sucumbir ao gigantismo daqueles que os oprimem. Podem com agilidade, vencer a força opulenta daquele que o cobre com sua gigantesca sombra. Acreditar nisso nos conforta e nos dá coragem para seguir nossas batalhas infindáveis.
Mas vez por outra a fragilidade da minha fé é duramente abalada e, por fatos e tropeços, tendo a crer que esta situaçõa é bem rara e improvável. No Mercado das relações corporativas, sinto que os Davids estão perdendo. A força dada pelo gigantismo das grandes corporações está sendo usada, sim, para esmagar os pequenos e espremelos com seu imenso peso e se incontestável poder.
Talvez falte aos pequenos a coragem para crer que podem vencer e a ousadia para lançar a sua pedra ao invés de curvar-se com medo da aniquilação. Pode ser. Mas me dói a consiência crescente de que, dos gigantes, não virá, jamais, proposta que não seja a de que o pequeno curve-se ou sucumba. A saúde mútua não é preocupação do grande. E por mais que alguns, em seu discurso sustentável, apresentem posturas de relacionamento muito diferentes, são raras as ações que demostrem isso na realidade. Eu, pelo menos, não as tenho encontrado.

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